
O encontro de ambos aconteceu num jogo do campeonato de 1966, no campo da Colina entre Rio Negro e São Raimundo. De um lado Catita defendendo o Rio Negro e no lado oposto Vitorino, filho de português e ex-talhador de carne de gado e que por isso manejava muito bem um terçado, um afiador e outros apetrechos próprios da profissão, defendendo o São Raimundo e para muitos um carrasco do nosso futebol. Num lance de meio de campo, quase perto do túnel à direita da arquibancada, houve um choque entre ambos. Do outro lado, os locutores das emissoras de rádio bradavam: ali saiu faísca. Vamos ver quem sai inteiro. Tanto Catita como Vitorino deixaram o campo para atendimento médico, mas o Catita, minutos depois, voltou com uma joelheira na perna direita. Vitorino não teve a mesma sorte, pois sofrera uma fratura. Catita ainda jogou o resto da partida mancando e depois teve que parar de jogar um pouco para se recuperar da lesão que sofrera nos meniscos.

Catita foi campeão duas vezes pelo Rio Negro, em 1962 e 1965. No primeiro formou a intermediária com Fernando e Eudóxio e no segundo título, ao lado de Edson Ângelo e Damasceno. Fez sua última partida com a camisa do Rio Negro, em 1969, contra o Nacional, jogando de lateral esquerdo.

Catita não pegou o grosso do profissionalismo futebol e por isso nada ganhou com o futebol, a não ser sólidas amizades, principalmente entre os rionegrinos. Seu dia a dia, após arquivar as chuteiras, foi no volante de um táxi. Ficou grato ao Rio Negro que na festa de seus 75 anos de fundação, prestou-lhe significativa homenagem. Uma decisão da alta cúpula do Rio Negro de sempre lembrar antigos craques de todas as suas áreas esportivas, em reconhecimento aos que um dia lutaram pela camisa barriga-preta.
fonte: Blog Baú Velho