Manaus, 08 de Agosto de 2011.
Há cerca de um mês, depois de muito sermos elogiados, paparicados e até mesmo implorados, pelo Presidente do Atlético Rio Negro Clube, aquiescemos e aceitamos elaborar um planejamento e desenvolver atividades que viessem a dar sustentação ao futebol profissional do Clube na disputa do Campeonato da Série A do ano de 2012.
A Comissão formada pelos Rionegrinos, Antonio Policarpo Rios Roberto, Gersey Oliveira, Alcenil Otapiassis e Marcelo Amil, que desde o primeiro dia da Administração do atual Presidente, vinham lhe emprestando apoio e solidariedade, após nomeação pela Portaria 07/2011, imediatamente pôs-se a trabalhar.
Como primeira providência, a Comissão recuperou por conta própria, uma sala do prédio administrativo, pois como é público e notório, todas as instalações da sede carecem de manutenção e reparos, os quais vêm sendo relegados desde o início da Administração do atual Presidente, Sr. Eymar Gondim Pereira , a fim de que a mesma tivesse um lugar digno de tratar dos assuntos a ela confiados.
Após as primeiras reuniões da Comissão, diagnosticou-se que a imagem do Clube estava bastante desacreditada, em virtude da última parceria que o Presidente Sr. Eymar Gondim Pereira firmou com o Sr. Robson Eduardo Mello Ouro Preto, para a condução do futebol profissional do Clube no Ano de 2011, pelos mais diversos problemas de conhecimento de toda a sociedade Manauara, Nacional e Internacional, necessitando de imediato que se envidassem todos os esforços na transformação da imagem e marca RIO NEGRO, infelizmente denegrida pela parceria Eymar Gondim e Robson Ouro Preto.
Por tal motivo a Comissão, devidamente assessorada traçou as primeiras linhas do Planejamento, dando conhecimento verbal ao Presidente do Clube de como seria feita a transformação da imagem do Clube, com a captação de parceiros nos mais diversos ramos do entretenimento, ações de cunho social à comunidade Manauara, movimentação das várias áreas da sede, bem como criação de alternativas de novas receitas para o Clube, todas direcionadas ao Futebol e finalmente Patrocinadores. As ações mencionadas, chegaram inclusive a ser iniciadas, com o devido conhecimento do presidente, que ao contrário do que afirma na portaria 08/2011, sempre esteve ciente de todas as ações em curso e planejadas pela comissão, tanto que, de forma contraditória, torna inválidos os trabalhos realizados pela comissão, que na respectiva portaria ele afirma não ter trabalhado.
Ações realizadas
Foi implantado com sucesso, e com a sustentabilidade financeira dos membros da comissão, o Espaço Cultural de Frente pro Rio Negro, que em seis edições, apresentou ao público, MPB, MPA, toadas, e leituras poéticas, reunindo jovens talentos, e artistas já consagrados, como David Assayag e Dori Carvalho. Vale ressaltar que o espaço utilizado no projeto jamais fora utilizado pelo clube, mesmo sendo dono de grande potencial, como ficara demonstrado.
Iniciou-se a exploração do estacionamento privativo do clube, que jamais fora explorado, mesmo tendo sido concebido para tal.
Fora contratada designer profissional a fim de finalmente estruturar o site do clube, que mesmo tendo um contrato assinado pelo presidente e pago pelo clube, desde outubro do ano passado, jamais funcionou. Além disso, essa mesma profissional estava elaborando o manual de identidade visual do clube, e produzindo o informativo mensal, que mais parece um álbum de fotografias da primeira dama do clube, Hebe Pereira.
Categorias de base
Por iniciativa da comissão de futebol, foi firmada parceria do Rio Negro com a escolhinha meninos da vila, visando garantir a participação do Rio Negro nos campeonato infantil e juvenil da FAF deste ano. Fato esse que contou inclusive com uma apresentação oficial do time ao presidente do clube na própria sede do Rio Negro, contando até com a presença dos pais dos atletas.
Tornou-se parceiro do clube o Chef Oswaldo Jr., chef renomado na cidade, que já foi matéria em grandes jornais da cidade e dirige cozinhas em eventos internacionais.
Ações em curso
Abriu-se negociação com empresária do ramo de brindes a fim de finalmente explorar-se comercialmente a marca Rio Negro, empresária essa que faria todo o investimento inicial na confecção de produtos personalizados, cabendo ao Rio Negro simplesmente receber os royalties da utilização de sua marca.
Abriu-se contato com o artista David Assayag que por duas vezes cantou no De frente pro Rio Negro, e faria parte do projeto Casa de toada, que seria realizado aos sábados no Parque aquático do clube, também de iniciativa da comissão. Acertou-se ainda, com David Assayag, a regravação dos hinos do clube.
Abriu-se contato com parceiro, que iria viabilizar campo de futebol oficial, exclusivo para o clube, por todo o ano de 2012.
Foi aberto contato com umas das maiores escolas de inglês de Manaus, que culminaria com a implantação de uma unidade no Rio Negro.
Todas essas ações implementadas, foram sem NENHUM CUSTO PARA O CLUBE, ou seja, totalmente financiadas pelos membros da comissão, e sempre com total ciência do presidente, visto que o mesmo por muitas vezes estava no clube durante a realização dos eventos e de forma deselegante e mal educada jamais compareceu, sendo sempre informado do andamento do evento, pelos funcionários do clube, que prestavam apoio trabalhando, de forma remunerada, ou simplesmente aproveitando o evento. As ações mencionadas, foram fruto de um mês de trabalho, e deram resultados mais palpáveis que a gestão inerte e centralizadora que vive o Rio Negro.
OS REAIS MOTIVOS DA DECISÃO
Há muito o Rio Negro enfrenta uma grave crise administrativa, que obviamente reflete na situação financeira. Fornecedores atrasados, funcionários com salários atrasados, luz mensalmente cortada ou sob aviso de corte, sonegação de encargos sociais e tributos, ausência de prestação de contas, falta de pagamento de rescisões trabalhistas, o que gera mais processos trabalhistas, descaso para com o patrimônio do clube, cujos principais reflexos foram a perda de um lote do terreno destinado à construção do CT, que desrespeitando o estatuto do clube, à revelia dos demais poderes, ofereceu o presidente à penhora, e cujo adquirente já inicia um claro processo de invasão a outros lotes da área, também de propriedade do clube, sem que qualquer providência seja tomada pelo presidente, o qual somente se dignou a ir ao local, após muita insistência da comissão e no veículo de um dos membros, ocasião em que externou a todos que estava com a carta de renúncia pronta. Houve ainda a perda de um terreno do clube, em ação judicial, nas proximidades do aeroporto, processo no qual o Rio Negro foi revel em mais um absurdo descaso. A sede social do Rio Negro, avaliada em cerca de R$ 8.000.000,00 encontra-se penhorada de forma também absurda por um débito de cerca de R$ 40.000,00, e que o presidente estando ciente, perdeu o prazo para oposição de qualquer embargo, ou seja, submetendo o Rio Negro ao risco de ter sua sede leiloada a qualquer momento.
O conselho diretor do Rio Negro encontra-se completamente esvaziado. Os dirigentes que ainda insistiam em colaborar com o clube, bem como parceiros, são a todo momento destratados pela primeira dama, Hebe Pereira, que além de ser profundamente preconceituosa, tendo inclusive sido conduzida a uma delegacia de polícia, por insultar de forma racista um atleta de outra agremiação co-irmã, e deselegante com associados, funcionários, demais diretores e parceiros, age como se fosse ela a presidente do clube assumindo de forma desastrosa a condução da atividade comercial do Rio Negro. Por tal motivo, o presidente requisitou todas as ações da comissão, para que a mesma conduzisse, o que infelizmente as condenará ao fracasso. A situação no Rio Negro, que por um breve espaço de tempo chegou a apresentar bons sinais, no início da gestão Eymar, hoje apresenta-se bem pior do que antes dele assumir, exatamente em função da confusão entre atividade social e atividade comercial, tudo em nome de satisfazer caprichos e devaneios de sua esposa, Hebe Pereira. Tais caprichos da esposa levaram ao cúmulo de manter nas dependências do clube um apresentador de TV, ocupando uma sala, sem qualquer pagamento, e sem qualquer retorno para o clube, que não seja o de entrevistar e enaltecer a primeira dama, Hebe Pereira.
Assim, tendo em vista que a comissão estava realizando atividades comerciais com o fim específico de financiar o futebol do clube, o presidente resolveu de forma covarde requisitar os eventos em curso, que provavelmente, como todos os eventos, que a primeira dama faz questão de chamar de “seus” ou terão prestação de contas questionável, ou não terão nenhuma prestação de contas, sem qualquer possibilidade de lucro ou retorno positivo de imagem. Tal medida vai finalmente mudar o histórico do futebol rionegrino na gestão Eymar, que dessa vez não vai ser rebaixado dentro de campo, mas por não comparecer a ele.