Confira a entrevista onde Charles declara seu carinho pelo Galo

Minha história talvez não seja de grande destaque no cenário nacional, com passagens em grandes clubes brasileiros e títulos importantes, mas sim uma história de superação desde quando comecei. Meu Nome é Charles Guelfi Alves, Nasci em 10 de Fevereiro em 1987, tenho 1,86 de altura, resido em Bauru e sou Casado. Aos 5 anos de idade descobri a paixão de ser goleiro com meu irmão mais velho. Eu ia ao gol e ele soltava o pé (meu irmão tem 8 anos de diferença para mim). E com isso fui para um clube onde tinha iniciado uma escolinha no clube onde foi o começo do grande rei Pelé, o Bauru Atlético Clube, mais conhecido como BAC, comandado pelo recente aposentado na época (em 1993) Edilson Guimarães Barone, o Baroninho. E com ele tinha sua comissão técnica, e claro, não podia faltar o meu primeiro treinador de goleiros, no caso o Pinhata, não muito conhecido no cenário nacional mais muito conhecido no interior paulista, e ele deu meus primeiros passos.
O tempo passou e consegui cumprir muitos objetivos, que muitos acharam impossíveis, mais eu acreditei naquilo que sou, com os pés no chão, sempre lutei para conseguir meu espaço. Muitos diziam que não viraria goleiro profissional, mais isso só serviu para impulsionar minha carreira. Tive oportunidade de ir para o Cruzeiro e conhecer o Gomes (com certeza ele não lembrará de mim), quando me consolou pela minha tristeza ali no momento de ser dispensado. Passei por XV de Jaú, XV de Piracicaba (onde treinei com o atacante do Palmeiras Tadeu), Internacional de Limeira (onde trabalhei com o Marquinhos e o goleiro da Ponte Preta, Bruno), Santos (o goleiro Felipe ainda sendo formado, atualmente no Avaí) tive como treinador Lima e preparador de goleiros Azur (atualmente no sub – 20), Campo Grande do Rio de Janeiro era time de empresário do Pedrinho Vicençote que tinha o C.T. em Itaguaí, hoje usado para as categorias de base do Vasco, tive oportunidade de jogar contra grandes jogadores do cenário nacional, como Lenny, Toró, Marcelo Lomba, Romulo, e também conhecer Edmundo, Pedrinho, jogadores do Vicençote na época. Logo depois resolvi parar de jogar para ajudar minha família no seu sustento, pois meu pai teve um AVC hemorrágico e por isso precisava ajudar trabalhando. Afastei-me por Dois anos e Deus proporcionou mais uma oportunidade a mim a voltar fazer aquilo q tinha feito minha vida inteira e fui me profissionalizar em 2009 no União de Camapuã. Dei sequencia no Itaúna de Minas, com o prof. Marcos Timóteo, onde joguei contra o cruzeiro na Toca 2 (Gilberto, Thiago Ribeiro, Wanderley, Thiago Heleno, Athirson, Andrey, Fabinho, Diego Renan entre outros tive a oportunidade de jogar contra), Potiguar de Mossoró com nosso amigo e prof. Paulo Renato, Santacruzense com o grande prof.Jorge Ferreira, Tupã pela segunda divisão Paulista, com o Cabrita e o Alcides. Logo após passei por umas das maiores dificuldades da vida, perdi meu pai. Foi muito difícil, fiquei muito desanimado, mas aos poucos consegui dar a volta por cima, e voltei a jogar pelo Atlético Rio Negro Clube, de Manaus, com o preparador de goleiros “Coelho”, lá tive o privilégio de estar com o Super Mário, como é conhecido em Portugal, o Jardel, e o Lima, Volante da Roma e do São Paulo, 2 jogadores muito experientes e que tive a oportunidade de crescer junto com eles, e por último o Osvaldo Cruz, , Clube da A3 paulista, com o preparador de goleiros Vagner de Piracicaba (atualmente no Penapolense), onde completei o elenco. Atualmente mantenho minha forma no Núcleo Avançado de Formação de Atletas, onde treino e passo alguns treinos para os meninos do projeto. Tive muitos convites para virar preparador de goleiros, mas eu acho q ainda não chegou minha hora de parar, sou novo e vejo que posso algo a dar ainda. Quero muito ser um, mais em um momento certo!


Todo goleiro se inspira em algum outro goleiro, qual é o goleiro que você se espelha ou se espelhou?
R: Quando era pequeno me espelhei bastante no Zetti, mas com passar dos anos fui observando outros goleiros como o holandês Edwin Van Der Sar, Rogério Ceni, Peter Schmichel, Oliver Kahn, etc. Todos eles me inspiraram por serem goleiros muito regulares, sem deixar cair o nível e jogar em alto nível até o fim de suas carreiras e além disso não são goleiros muito espalhafatosos e tem uma técnica quase perfeita e conseguiram fazer isso até perto dos 40 anos de idade.

Você disse que sua altura é 1,86 já sofreu algum tipo de retaliação por conta da altura? E qual sua opinião sobre o assunto?
R: É engraçado como o mundo da voltas. Eu tive maturação precoce (cresci muito quando mais novo) quando tinha 12 anos de idade, cheguei a crescer 12 cm no ano, então minha altura perante ao meus companheiros era vantajosa, cheguei com 15 anos medindo 1,84 de altura (cresci apenas depois disso 2 cm até a vida adulta) e ouvi muitas pessoas dizendo que só virei por meu tamanho, e que eu iria chegar aos 1,90 fácil… não cheguei e por isso hoje não sinto falta de ser mais alto, mas o futebol brasileiro em si cobra muito isso e exige goleiros acima de 1,90, que acho um absurdo. Me sinto no tamanho ideal para fazer aquilo que faço, se fosse assim, os melhores goleiros do mundo na atualidade não teriam abaixo de 1,90 (Casilas, Ochoa,Victor Valdes, Julio César, Villar (com incriveis 1,79 o que é um absurdo para qualquer time do Brasil para se jogar). Eu como tantos outros goleiros da minha altura e mais baixos que eu vejo que tem espaço em times grandes e técnica suficiente para suprir o que precisam, mas nem observar com olhar clínico para técnica, apenas a altura do goleiro. Imagina se fôssemos contar altura para jogar… o Peter Crouch seria melhor do mundo todo ano e o Messi nunca jogaria profissionalmente, e o melhor time na atualidade não seria o Barcelona com média de altura de 1,77… rs

Desses times que você jogou qual teve maior identificação?
R: Todos os times que passei me doei ao máximo, e por isso cada um tem uma grande importância para mim, mas um clube que me ajudou em um momento que precisava de ajuda não só dentro de campo como também fora, foi o Rio Negro de Manaus, onde eles queriam muito minha permanência no clube mas não consegui fica por motivos pessoais. espero voltar lá e retribuir tudo o que me Fizeram.

Você quer, depois que parar, seguir na profissão de preparador de goleiros? E o que pretende fazer para se especializar na área?
R: Estudar seria o primeiro passo. Ganhar experiência por onde passo e conseguir pós graduar na área e sempre se atualizar

Qual sua maior motivação para entrar em campo?
R: Minha Mãe e Esposa. É por elas que me motivo para continuar tentando. Mas recorro também a internet com vídeos de defesas dos goleiros para concentrar mais no jogo e me animar mais ainda para o momento maior do jogador, JOGAR!



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